sábado, 19 de setembro de 2015

Chorar: sofrimento ou alívio?

No dia 15 de outubro de 1997 foi a primeira vez que eu realmente chorei. De lá até aqui eu chorei por tombos, por filmes, novelas, quedas ou até mesmo quando me cantavam parabéns em dias de aniversário. Muitas lágrimas já foram derramadas, não há como negar. Entre choros de quedas e tombos, houve o dia que eu chorei por você. O dia não. Os dias. Muitas noites ininterruptas chorando por um amor que nunca foi meu, nunca me pertenceu. Hoje, estou chorando ao escrever esse texto. Não por você, por mim. Por ter me entregado de corpo e alma há uma relação que eu sabia que terminaria assim. Um nada. Meu nada. Com mais um sem se afetar em nada.
Débora Oliveira.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Qual o segredo de amar alguém?

Será que existe uma fórmula, receita ou modelo para amar outra pessoa? Apesar de se esperar um não como resposta, eu diria que sim, há um segredo. Para descobrir esse segredo não é necessário sete chaves ou uma grande fórmula matemática, você só precisa daquela coisinha muito lida, falada e comentada, como é mesmo o nome? Ahh, o amor próprio.
Quando uma pessoa ama a si mesmo, não quer dizer que ela deixa de notar suas imperfeições, porém ela não permite que as mesmas virem "prioridade", dignas de pensamentos negativos que vez ou outra invadem nossa cabeça.
Pessoas com amor próprio sempre terão um escudo contra negatividades alheias, tentando ajudar essa gente a se amar também, no lugar de diminuir a auto-estima que muitos nem têm.
Por isso, ame a si mesmo, depois seja feliz amando alguém. Ame seu rosto, seu corpo, seus gostos, seu modo de pensar e ver o mundo. Ame tudo que é realmente seu. Não existe amor mais duradouro e recíproco que esse.
— Débora Oliveira.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Como esquecer o que não deve ser esquecido?

A primeira vez a gente nunca esquece. Seja de uma nova coisa realizada ou mesmo uma nova sensação. Não esquecemos da primeira vez que andamos de bicicleta, de quando pudemos ir a nossa primeira festa, ou até mesmo do nosso primeiro beijo. Alguns lembram mais disso, outros daquilo.
Você não foi o primeiro a quebrar meu coração, mas está sendo o primeiro a ter um texto meu escrito por consequência disso.
Pois é, você foi o primeiro em muitas coisas. Começamos de forma rápida, talvez seja o motivo do fim ter sido o nosso resultado.
Lembro-me de como estava solitária na noite em que você falou comigo, por isso fiquei feliz, como sempre, por ter alguém para conversar. De repente já tínhamos entrado em ligações durante as madrugadas, até que tudo parou.
As vezes me pergunto, o que ele tem? Além, claro, de ser absurdamente lindo, com toda aquela feição de menino que esconde um ser completamente mandão e autoritário. Em alguns momentos tenho vontade de saber se só eu acho que você seja tão intimidador. Possivelmente seja, realmente, como sempre lhe disse, seu jeito incrivelmente sexy de ser. Puta que pariu, como tu consegues? Eu fico de cabeça pra baixo só pra tentar ser um pouco como você.
Sempre que conversávamos, tentei me mostrar o mais segura possível, afinal, conheço o seu tipo, nada de demonstrar fraquezas. Sempre, sempre tentei ser forte, até o dia que você me disse todas aquelas estúpidas coisas e eu chorei para que você ouvisse. Eu tinha raiva de mim naquela hora, como eu pude? Mas sim, algumas coisas nos são inevitáveis.
Hoje, cá está eu pensando em como eu poderia ter conquistado você. O erro, talvez, esteja em mim, já que você não foi o primeiro a ter descido pelo ralo.
Não consigo pensar em como terminar esse texto, acho que porque ele seja infindável porém com fim, como essa nossa história que sempre sinto que não acabou.
— Débora Oliveira.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Um eu. Um meu. O meu eu.

Cansada de decepções é, talvez, um bom sinônimo para mim. Simples. Dizer isso pode não passar de uma idiotice, já que tenho apenas 17 anos, porém, com um tempo aprendi que não se deve confiar e/ou depositar expectativas em algo, alguém e até em si.
Sempre gostei muito de ler, livros são um dos meus passatempos preferidos, tornando-me um alguém com desejo peculiarmente literário, quiçá seja isso que tenha me trazido tantas decepções, principalmente internas.
Apesar da melancolia, sou uma garota feliz e tenho muito para agradecer também. Apesar dos desapontamentos, tenho poucos, mas grandes amigos. É bom isso, ter pessoas para se sentir aliviado de vez em quando.
Ao longo do que vivi, percebi o quanto o ser humano pode ser frágil, o quanto eu sou frágil. Pequenas coisas podem mudar completamente um dia ou uma vida. Uma vida de privações não nos faz morrer, porém não nos permite viver, por isso nada melhor do quer uma dose de insanidade nas nossas vidas.
Muitos dizem que se definir seria o mesmo que se limitar, mas por ser uma garota indecisa fico no meio termo, já que ter sempre o que pensar sobre nós mesmos nos torna mais lúcidos para viver.
Sou um alguém a procura do meu significado nessa vida, mas até ele aparecer, viverei da minha maneira, seja torta ou não, seja certa ou não. Mas enfim, o que seria certo para viver?
— Débora Oliveira.